segunda-feira, 7 de maio de 2018

Corrida da Liberdade 2018

A pedido de várias famílias,e  depois de mais de 2 anos de ausência, estou de volta à escrita sobre as minhas corridas já que voltei a ter algum tempo e disponibilidade. Apesar de ter diminuído o número de treinos semanais nos últimos meses, já que passei a treinar apenas 2 a 3 vezes por semana e a participar em apenas uma prova por mês, os resultados obtidos nas últimas 2 provas de estrada foram uma grande surpresa. Estou a ver que tenho que adoptar a estratégia do amigo Badolas do Carlos Cardoso "que se foda o treino, gajo que é gajo só vai a provas e a poucas"

Começo por uma corrida pela qual tenho grande carinho e gosto imenso de participar, a Corrida da Liberdade, com início na zona do Quartel da Pontinha e a chegada aos Restauradores. 

Para esta prova o meu objectivo seria despachar a prova o mais rapidamente possível.  

No 1 km optei por ziguezaguear para ultrapassar o máximo de pessoas para poder colocar um ritmo alto. Chegado ao 2 km, ataquei a subida de Carnide num ritmo constante e com um passo curtinho para fazer a mesma sem me cansar muito. 

Se até ao 4 km vinha com um ritmo médio ligeiramente abaixo de 4m30s/km, a partir desse km foi sempre a diminuir o ritmo médio para valores a baixo de 4m20s/km. 

Na zona dos túneis do Campo Grande não perdi muito fôlego apesar das várias subidas. 


Na última subida do último túnel vejo uma senhora a empurrar um carrinho de bebé e fui até junto dela para dar uma palavra de incentivo.

Desde o Saldanha até ao final foi sempre a dar o litro com os 3 últimos km a baixarem para um ritmo a rondar 4m10s.







Terminei a prova em 47m07s. No final fiquei muito surpreendido pela frescura com que acabei a prova, não estando cansado e sem ter qualquer tipo de dores. O ritmo médio da minha prova foi de 4m14s. 

segunda-feira, 4 de abril de 2016

II Trail Running Bombeiros de Messines - 21 de Feveiro de 2016

Desloquei-me até ao Algarve não só para ir a esta prova mas também para ir visitar um tio que, por curiosidade, também estava inscrito para a prova. Na noite anterior à prova dormi em Loulé e só no próprio dia da prova é que fomos até São Bartolomeu de Messines. A prova realizava-se pela segunda edição. Em relação à edição anterior tive conhecimento que o percurso não estava bem marcado portanto iria com atenção às marcações. Após o levantamento célere do dorsal desloquei-me até à zona da partida para tirar algumas fotos com o grupo de corridas ao qual o meu tio pertece. A partida teve início após a partida das provas de BTT que se realizavam ao mesmo tempo e usando alguns dos trilhos por onde a corrida iria passar. Arranquei relativamente forte para tentar posicionar-me da melhor forma para enfrentar os eventuais single tracks que surgem na parte inicial de cada prova. Como estava à espera, entrámos numa zona de single tracks logo após o 1km. Estes single tracks tinham bastante vegetação, alguma pedra e com alguma inclinação lateral, o que obrigava a ir com alguma atenção para evitar mal menores. Inicialmente subimos durante 400m e depois mais à frente começámos a descer. 

Passámos a uma parte desinteressante da prova com algum alcatrão e estradões largos e planos. Comecei a ficar um pouco apreensivo, porque estava a ver que a prova ia ser só em estradões e completamente plana. Felizmente estava enganado e ao 5.6km comecou a parte interessante da prova: as subidas. Surge uma subida com praticamente 1km de extensão a zigue-zaguear ora estradões ou single tracks. Por vezes a subida teve um declive de quase 30%! Escusado será dizer que o passo foi a opção escolhida para enfrentar esta dificuldade. Quando chegámos lá a cima foi interessante ver o que nos reservava: a serra algarvia com um sobe e desce constante e quase sempre por estradões. Ao 7km descemos por um estradão numa encostra extremamente inclinada o que obrigava a travar para evitar quedas desnecessárias. Foram praticamente 2km a descer passando depois por uma parte novamente desinteressante: alcatrão e por dentro de ajuntamentos populacionais. Finalmente voltámos para os trilhos, cerca do 10.6km, começando uma parte muito interessante com um single track, a subir, muito inclinado que foi desembocar numa estrada de alcatrão. Nesta estrada de alcatrão andámos cerca de 300m o que permitiu descansar um pouco da subida anterior e preparar a subida colossal que tinha à minha frente. A primeira parte da subida, cerca de 1km chegou a ter uma inclinação de 25%!  Após uma curta descida voltámos a subir novamente até ao ponto mais elevado da prova: 233m. Nada de especial em termos de altímetria, mas as subidas até aos pontos elevados da prova eram extremamente inclinadas, a vantagem que tínhamos era o facto das subidas serem todas em estradões. Após o 14km entrámos numa parte que gostei particularmente visto que era essencialmente a descer (com algumas curtas subidas), tendo como cenário os montes que nos rodeavam. Notei que iríamos descer bastante no terreno e aproveitei para ganhar um pouco de velocidade (o 16km foi feito em 4m26s). A parte final da descida tinha muita pedra e comecei a sentir os pés um pouco doridos. A partir do 16km começámos a rolar em estradões já com a presença do pessoal do BTT. Por vezes vinham bastante lançados o que em caso de distracção poderia provocar algum acidente. Por mim não me fez muita confusão mas houve atletas que se iam queixando do facto. Sensivelmente ao 18.5km surge uma subida onde conseguimos ultrapassar alguns atletas do BTT. 



Ao 19.5km voltámos aos trilhos propriamente ditos, o terceiro abastecimento surgiu ao 22km. Ao 23km aproximamo-nos do rio Arade, comecei a pensar que iamos ter uma surpresa e molharmos os pés... Seguimos algumas centenas de metros ao lado do rio mas não chegámos a cruzar o rio. Cruzámos sim, a linha do comboio,  ao 24.4km, passando por um pequeno túnel. No final do túnel vi um atleta do BTT a espalhar-se devido a alguma lama que se acumulava no final do túnel. Ao 22.2km o percurso apresentava fitas à direita e à esquerda e ao fundo podendo "cortar caminho" para os mais "competitivos". O percurso seguia em frente, fazia-se uma curva e só depois seguiamos para a direita, um tanto ao quanto ridículo mas foi o que a organização assim marcou. Ao 26km surge a última grande subida e dificuldade da prova. Foi 1km a subir por um single track com pedra, raizes e uma inclinação lateral constante que poderia provocar entorses. A descida, de 1km, que sucedeu era igualmente perigosa com raízes e pedras. Ao 28km e até ao final o percurso era em alcatrão. Fui gerindo o esforço e olhando esporadicamente para trás para ver se não vinha nenhum atleta em minha perseguição. Terminei a prova com um tempo oficial de 2h55m58s, correspondente a um 20º lugar na classificação geral e um 8º lugar no escalão. 
Gostei da prova, estava bem marcada e os abastecimentos eram simples e pouco diversificados, essencialmente alimentos doces. 

segunda-feira, 14 de março de 2016

V Trail Montes Saloios - 14 de Feveiro de 2016

Em dia de alerta vermelho voltei a esta prova pela segunda vez. O clima estava muito parecido com a prova de à dois anos atrás. Frio, muito vento e previsão de chuva. Cheguei muito em cima da hora para levantar o dorsal. Felizmente pedi a um meu conhecido para levantar-me o dorsal. Após uns minutos à conversa com o João Campos, o atleta vassoura da prova, apercebi-me que a prova iria começar com meia hora de atraso. Comecei a ficar muito ansioso porque tinha compromissos inadiáveis após a prova e estava a ficar com o tempo apertado. A minha estratégia para a prova passou por tentar acabar a prova o mais rápido possível ou seja arrancar rápido e ir à máxima velocidade até onde conseguisse aguentar. A partida foi dada dentro do pavilhão de forma simbólica e lá arrancámos em pelotão compacto até entrarmos nos trilhos. Inicialmente em alcatrão e depois num estradão de terra batida subimos cerca de 600m. O percurso passou a ser em single tracks com alguma lama e com alguma vegetação a dificultar a progressão, foram cerca de 1.8km a descer. 



Depois de uma curta subida passamos numa estrada de alcatrão. Nos próximos 1.6km fomos a descer por single tracks com muita lama. À minha frente caiu um atleta porque escorregou devido à muita lama, uma centena de metros mais à frente foi a minha vez de cair, indo co o joelho e mão esquerda ao chão. Felizmente foi uma queda sem consequências. Mais à frente atravessamos uma estrada de alcatrão e começamos a trepar monte a cima. 


Cerca do 4.5km descemos um pouco para voltarmos a subir durante 1.8km. Ao 7.5km iniciamos um longo período a descer por um single track com uma vista espectacular.Mais à frente um troço em alcatrão antes de entrarmos novamente nos trilhos.  Uma autêntica parede foi o obstáculo que apareceu durante 2km. No topo a paisagem era espectacular, permitindo ver toda a envolvência a 360º. Como tudo o que sobe também desce, surge uma descida comprida com muita lama à mistura. Nesta altura era um sobe e desce constante com subidas e descidas prolongadas. Cerca do 16.5km atingimos novo ponto alto da prova. A descer encontrámos o segundo abastecimento cerca do 17.4km. Neste segundo abastecimento apercebi-me que perdia lugares na classificação porque a maior parte dos atletas não parava nos abastecimentos. Depois de uma travessia de uma ribeira, que levava um forte caudal, começámos a aproximar-nos da "besta". 




A "Besta" é a subida rainha desta prova com cerca de 4 km de extensão. Felizmente e a um pouco mais de meio da subida estavam 2 voluntárias muito simpáticas pertencentes à equipa Correr Na Cidade a servir abafadinhos.



 Obviamente que aceitei, bebendo de um só golo e segui. Até ao final o percurso estava bastante pesado com muita lama e água. 



Até esta altura da prova ia assistindo  a uma luta acesa pelo 2º e 3º entre duas colegas de equipa, Mosanto Running Team. Como já vinha fatigado devido às condições da prova perdi algum fulgor nesta parte final e fui gerindo a prova até ao final. Terminei a prova com um tempo oficial 2h46m30s. Terminei na posição 66 em 368 atletas que terminaram a prova. Gostei mais desta edição da prova do que a última em que tinha estado presente, apesar de haver mais alcatrão. 


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Trail Ribeira de Limas - 07 Fevereiro de 2016

Mais um fim de semana, mais uma prova no meu Alentejo. Com o aumento do número de provas de trail um pouco por todo o país já é possível ter provas relativamente perto de casa. Esta em especial ficava a pouco mais de 20 minutos de minha casa. Mal cheguei a Santa Iria vi logo o meu amigo Luís A. Fomos de imediato levantar os dorsais. Dentro do saco que continha o dorsal havia também uma bonita tshirt azul, um gel de recuperação, um isotónico em pó e uma solução liquida com magnésio.  




Voltei ao carro para me equipar já com o tempo a apertar uma vez que o começo da prova já estava perto. Na partida estariam cerca de 30 atletas para prova de 30km. Após um curto briefing arrancámos atrás de um elemento da organização que ia numa bicicleta. 






Arrancámos com um ritmo forte com o 1km cumprido em 4m28s. A partir do 3km o percurso passou a ser feito ao longo das margens da Ribeira de Lima, que dava o nome à prova. Uma paisagem muito bonita, com um single track sempre ao longo da ribeira. Foram praticamente 4 km sempre junto à Ribeira. O piso por vezes era rochoso mas a progressão era feita relativamente rápida. Os atletas que seguiam à minha frente enganaram-se seguindo em frente quando era para virar à esquerda. Eu ainda gritei "esquerda" e lá voltaram para o caminho certo.  A segunda passagem pela ribeira foi feita por uma ponte de cimento. Depois de uma boa subida chegou  o primeiro abastecimento, mais ou menos ao 7km. Reabasteço de liquidos, como uma banana e sigo. O Luís diz para seguir que já me apanharia. Sigo a descer por um single track espectacular para depois voltar a subir novamente. Nesta subida extremamente técnica havia muita pedra e havia o perigo de queda. Chego a um ponto elevado da prova num rochedo. A prova seguiu novamente junto à ribeira num single track com muita sombra. Um pouco antes do 11km passamos novamente para a outra margem, atravesso com cuidado para evitar molhar os pés. O segundo abastecimento estava situado após nova atravessamento da ribeira e a subida mais complicada de toda a prova. 






Foram 300m a subir com uma inclinação perto dos 20%. Converso com os voluntários que estavam no abastecimento, como batatas fritas, laranja, bebo água e sigo. Afinal a subida ainda não tinha acabado e continuámos a subir. Ao 14km surge uma valente descida onde fui obrigado a ir travar tal era a inclinação. Seguiu-se depois uma subida com a extensão de praticamente 2km. No topo seguimos pela esquerda por um estradão a descer. O terceiro abastecimento situava-se um pouco antes do 18km. Ao 20km uma descida de um serro até a um pouco baixo para voltarmos a subir outro serro. Chego ao último abastecimento com quase 26km e já cansado. Os voluntários que estavam no abastecimento para "ajudar à festa" ainda me dizem que o abastecimento se  situava no 23km. Sigo todo empenado em direcção à meta, mas para o final a organização reservou uma série de várias curtas subidas mas algo íngremes. A partir do 28km  o meu ritmo baixa bastante e sigo praticamente só a caminhar na zona das subidas. Chego finalmente à parte da prova que tinha o percurso comum ao inicial. Fico mais animado por estar a reconhecer o percurso mas ainda foram 2km. Estava já tão farto da prova que fui aumentando o ritmo para acabar a prova o mais rapidamente. Chego à zona da meta e atravesso a linha de chegada com um tempo final de 3h10m45s que correspondeu a um fabuloso 8º lugar! No meu escalão Veteranos A fui o 3º classificado, subindo ao pódio pela segunda vez no espaço de duas semanas! Fiquei extremante contente porque não estava à espera! 

















quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Ultra Trail Escoteiros de Beja - 23 de Janeiro de 2016

Com a realização de uma prova de trail na minha cidade natal, obviamente que tinha de estar presente. À partida o desafio seria relativamente acessível: 47km com um d+400m e só por estradões. O dia amanhaceu fresco mas com sol, como se pretende para uma corrida longa. Na zona da partida encontrei um ex-colega de equipa dos tempos de quando jogava andebol, o Luís A.. Quem também estava presente na partida mas "à civil" era o Rui Soeiro que estava em estágio para o Ultra Trail dos Abutres. Depois de uns breves minutos à conversa com o Rui, posicionei-me na partida. 


Como não tinha aspirações a vencer a prova ou a ficar nos primeiros lugares decidi ir com o meu amigo Luís A.. Para ele seria a primeira ultra maratona. O 1km seria feito de forma simbólica para nos deslocarmos até aos trilhos. Após o tiro de partida arrancamos rápido para tentar passar nos trilhos ainda "trilháveis" visto que havia muita lama. Até ao 7km fomos passando por um autêntico lamaçal. 







Dentro da localidade de Penedo Gordo havia o primeiro abastecimento. Não perdi muito tempo, bebi apenas um copo de água e de isotónico. Segui com o meu colega Luís A. num bom ritmo, sempre por estradões com alguma lama mas a parte pior já tinha passado. Entrámos numa zona que já conhecia bem, visto ser um local dos meus treinos mais longos. No campo encontrávamos vacas a pastarem, uma pequena zona florestal e alguns pequenos lagos. Praticamente ao 16km chegamos a um troço de alcatrão, mesmo antes do segundo abastecimento na Boavista. Neste período e durante mais alguns kms fomos tendo companhia de alguns atletas. O abastecimento situava-se no 17km. 





Nos abastecimentos havia o habitual das provas de trail: batatas fritas, frutos secos, gomas, tomate com sal, laranjas, bananas, água, isotónico e coca cola.








Nos abastecimentos para além dos escoteiros estavam presentes os bombeiros. Se até à Boavista conhecia os caminhos quase na sua totalidade, a partir daí seria um território novo e a explorar. Este troço até ao terceiro abastecimento na Cabeça Gorda, foi o meu favorito, não só por ser novo para mim, mas por ser um percurso com umas subidas e umas descidas muito engraçadas com um sobe e desce constante. Durante a prova fomos brindados com alguns "smiles" desenhados no chão. Em relação às marcações foram todas feitas no chão com cal. Toda a prova estava muito bem marcada. Apanhámos a subida mais íngreme de toda a prova, a única que tinha alguma dificuldade. Até ao abastecimento da Cabeça Gorda fomos ultrapassando alguns atletas. A chegar à localidade havia um pequeno grupo de escoteiros a fazer um controlo de passagem de atletas. Entrando na localidade o percurso da prova passava por dentro de uma casa, para o abastecimento ser no quintal da mesma. O terceiro abastecimento foi ao 27km. Aqui demorámos um pouco mais porque já íamos com quase 30km, com um pouco mais de 2h30 de prova e o sol a começar a ficar forte. Hidratámos bem e comemos um pouco mais. Neste abastecimento ficámos quase 10m. Eu arranquei devagar sem o Luís, mas ele rapidamente me apanhou. A sair da localidade ele quis acelerar mas eu disse para ir com calma porque ainda faltam 20km e tínhamos que digerir o que tinhamos acabado de ingerir. Cerca do 31/32km comecei a sentir uma pequena quebra, comecei a reduzir o ritmo. O Luís disse que com aquele ritmo não conseguia ir, disse para ele seguir num ritmo mais alto que eu iria no meu ritmo. Passámos por uma nova localidade, Salvada, aqui tivemos apoio de algumas pessoas que estavam a assistir. Aliás, em todas as localidades tivemos apoio das populações. Uns kms mais à frente vejo um atleta a deixar-se cair de costas no chão. Pensei logo que fosse alguma coisa grave, afinal era apenas uma câibra. O Luís esteve alguns segundos a ajudá-lo, felizmente havia um grupo de escoteiros relativamente perto que assistiu de imediato o atleta em dificuldades. Não sei se terá sido psicológico, o facto de vermos o atleta a cair no chão, mas o nosso ritmo (meu e o do Luís) caiu. O percurso começou a ter um perfil mais ascendente, sendo que nesta fase intercalámos a corrida com a caminhada ou COCA como lhe chamam os espanhóis. Chegámos já com algumas dificuldades ao último abastecimento, à localidade de Padrão.










Neste abastecimento tivemos parados praticamente 10m. Eu segui mais cedo do que o Luís, mas uns metros mais à frente voltámos a seguir juntos. 








Faltavam apenas 8km para a meta mas foi preciso quase mais 1 hora para chegar ao final. O atleta de azul que segue à minha frente ultrapassei-o com facilidade, o Luís seguia no seu ritmo alto, um pouco mais à frente. Com cerca de 41 km cheguei à última localidade antes do final, Vila Azedo. Daqui até ao final já conhecia o percurso, visto ser um dos meus locais treino. Não sei se foi por essa situação mas senti-me mais forte. Consegui inclusive ultrapassar mais dois atletas! Ao entrar na cidade de Beja vejo um abastecimento improvisado com dois escoteiros, aproveito para beber água e segui. Na avenida que ia dar à meta vejo o Luís a caminhar, aproveito para acelerar o passo para me juntar a ele. Diz-me que está com princípio de cãibras nas duas coxas e que já não consegue correr. Puxo por ele para tentar motivá-lo que estamos na recta da meta. Ele vê o pai, eu vejo a minha família e passo a meta com uma pessoa muito especial. Termino a prova com Fico alguns minutos a descansar e a conversar com a família. Termino a prova com um tempo final de 4h42m18s  e num fantástico 7º lugar na classificação geral! No meu escalão fiquei em 1º lugar! O meu primeiro pódio!