quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Grande Prémio Santa Bárbara - 08 Dezembro de 2015

Esta prova realizou-se na sua 5ª edição, novamente em Aljustrel e muita participação. Entre as camadas jovens e os atletas mais velhos estavam inscritas cerca de 400 pessoas. Esta grande participação deveu-se ao facto de existirem prémios avultados em dinheiro, atraindo atletas de grande gabarito como a Sandra Teixeira e o Samuel Frei ambos do Sporting. Mas a minha intenção em participar nesta prova era a de conhecer esta prova curta mas dura. O secretariado da prova era no final da prova, ou seja o local onde iríamos chegar.  A partida dava-se na entrada de uma antiga mina. Após o tiro de partida foi ver o pessoal arrancar todo em sprint para ganhar as melhores posições desde início. Os 2 km iniciais foram dentro do complexo mineiro com um excelente percurso com o 1km sempre a descer e o 2 sempre a subir. Os tempos para estes kms iniciais foram 3m51s e 4m32s. Saímos depois do complexo mineiro para o 3km num bairro mineiro, onde estavam muitas pessoas a assistir. Relativamente ao tempo que demorei a cumprir este 3km foi de 4m16s. Voltámos a entrar no complexo mineiro para mais umas centenas de metros. Saímos para outro lado do complexo em direcção a novo bairro mineiro. Após sairmos deste bairro mineiro fomos sempre a subir, inicialmente num troço de alcatrão para depois passarmos para uma estradão em terra batida, com a inclinação atingir os 14%, em que me obrigou a caminhar alguns metros. Depois de atingir o topo tivemos uma bela descida com um misto de terra batida e alcatrão. Por volta do 5km entrámos num parque onde estavam muitas a assistir e bater palmas. Daí e até ao final o percurso foi todo em alcatrão. Passámos pelo centro de Aljustrel em direcção ao ponto mais alto da prova, a Nossa Senhora do Castelo. Houve um abastecimento líquido um pouco antes da grande subida em escadas. Consegui ir mantendo o ritmo sempre baixo de 4m35s até às escada da subida à Senhora do Castelo. Pensei em abrandar um pouco o ritmo para ter força para subir as escadas, os primeiros 2/3 lanços de escadas fi-los a andar. Mas estava tanta gente a aplaudir e a dar ânimo que não resisti e lá fui eu a correr pelas escadas a cima. 



Já no topo depois de ter subido os 183 degraus a vista era deslumbrante, fomos correndo por um passadiço todo à volta deste ponto elevado. Surge novo abastecimento líquido onde finalmente consegui tirar uma garrafa de água. O 5km foi o mais lento (5m16s) de toda a prova devido a ter a subida à Senhora do Castelo pelo meio. Até ao final fui quase sempre no meu limite, porque o perfil da prova passou ser quase sempre descendente. Comecei a aperceber-me que a prova não teria os 10km anunciados, mas sim perto dos 9km. Forcei ainda mais o meu andamento para tentar ultrapassar mais um atleta praticamente em cima da linha de chegada. O 8km foi cumprido em 3m44s aproveitando o final da prova e inclinação negativa da parte final da prova. Terminei com um tempo oficial de  37m31s para uma distância de 8.60km. Terminei classificado em 71º em 171 atletas que terminaram a prova. A nível do meu escalão terminei no 31º em 57 atletas que chegaram ao fim. Gostei da prova pela sua exigência física com as subidas e escadas que tivemos que ultrapassar; o troço inicial dentro do complexo mineiro foi muito giro com uma paisagem fora do normal. Como ponto negativo destaco a curta distância (8.60km) em vez dos 10km anunciados. 



segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

III Trail Transfronteiriço de Barrancos - 28 de Novembro de 2015

A deslocação até Barrancos começou na noite anterior à prova com uma comitiva de 4 elementos da minha cidade. Dois de nós iríamos à prova grande e outros 2 à prova mais curta. Chegados a Barrancos dirigimo-nos até ao restaurante para jantar, as primeiras  pessoas que encontrei foram o casal maravilha Isa e Vitor. Após trocarmos umas palavras, onde falámos sobre o "corte" do km 41, descobrimos que íamos jantar no mesmo restaurante. Depois do jantar fomos levantar os dorsais e fomos até ao bonito Parque Natural de Noudar, no Monte da Coitadinha, onde pernoitámos. No dia seguinte acordámos cedo para comer alguma coisa e dirigimo-nos até Barrancos. A partida foi dada no Parque de Exposições de Barrancos. A prova estava muito bem composta, com muitos espanhóis presentes. Comecei calmamente sem grandes velocidades para não quebrar muito durante a prova. Após umas curtas mas íngremes rampas fomos por uns trilhos muito simpáticos, pelo meio das árvores onde encontrei a primeira "celebridade" do mundo das corridas o inquebrável João Campos que estava a tirar a sua camisola de lenhador porque já estava em brasa como ele conta no sua página. Umas centenas de metros mais à frente, surge a primeira dificuldade da prova, uma descida infernal muito inclinada com o piso muito solto a complicar ainda mais. Chegados ao km 2.5. uma subida muito íngreme com a inclinação a chegar quase aos 22%!  Voltámos a entrar em Barrancos após esta grande subida. Correndo por dentro de Barrancos as pessoas aplaudiam e incentivavam os atletas. Como Barrancos não é plano fomos sempre a descer pelas ruas até sairmos da localidade. Às tantas vejo o Bernardo F. um atleta dos Esquilos e da equipa Decathlon. Seguimos alguns kms juntos, na conversa e gerindo o esforço. Deixei o Bernardo para trás mais ou menos no 10 km, numa longa e algo perigosa descida. Pensei que me apanharia no abastecimento. O segundo abastecimento (não cheguei a ver o primeiro) foi sensivelmente ao 12km. Parei alguns minutos para beber água, isotónico e comer fruta para seguir para uma longa e penosa subida. Uns 2/3km mais à frente começamos a encontrar o pessoal da caminhada que vinha em sentido contrário, todos bem dispostos, batendo palmas e dando algumas palavras de incentivo. 



Nesta altura aproximou-se um atleta de Alcobaça que meteu conversa comigo, fomos juntos,  com ele a puxar por mim até ao 4 abastecimento, cerca do 29km. O perfil da prova alterou-se um pouco já que descemos até ao 3 abastecimento que se situava na bonita ponte da Pipa. Ele aproveita para falar com o pai, que estava no abastecimento, enquanto eu abasteço de líquidos e sólidos. Seguimos depois juntos, até ao bonito parque de Noudar, primeiro por estradões para depois passarmos a single tracks. 


Ao 20km ultrapassamos uma valente subida para chegarmos a um cerro elevado, inclusive lembro-me de ter comentado que seria o ponto mais elevado da prova.... Descemos até à ribeira por um trilho perigoso, muito inclinado e com pedras e terra solta. Junto à ribeira a paisagem era deslumbrante, só apetecia tirar a roupa, dar um belo mergulho e ficar por ali o resto do dia. O percurso subiu um pouco mais para nos afastarmos da ribeira e voltarmos a descer novamente até à ribeira. Nesta parte as minhas sapatilhas Ultra Raptor justificaram totalmente o investimento porque o percurso tinha muita pedra solta e por vezes andámos em cima de rochas. Eu não tive qualquer tipo de problema de dores, feridas ou escorregadelas durante toda a prova. Chegados ao 26.5km por falha nossa ou insuficiente marcação, seguimos em frente por dentro de uma vedação. Não fomos só nós a enganar-nos, mais dois atletas seguiriam em frente cortando caminho... Voltámos um pouco atrás e verificámos que as fitas estavam à direita, com este desvio fizemos mais cerca de 1km. O quarto abastecimento situava-se precisamente no local onde tinha pernoitado na noite anterior, no Monte da Coitadinha. Neste abastecimento demorei alguns minutos porque precisava de comer e beber bem. O meu companheiro seguiu quando se despachou, ficou combinado tentar encontrá-lo mais à frente. Saí do abastecimento e fui no encalço de um atleta que foi a minha companhia até ao final da prova o Joel José Ginga. Saídos do abastecimento fomos dar uma grande volta e seguir o traçado da ribeira. O percurso até ao Castelo de Noudar foi difícil mas muito bonito. Chegámos a correr no meio de porcos pretos e vacas. Chegados, finalmente, ao bonito Castelo de Noudar o Joel ficou a tirar fotos enquanto eu segui devagar. Cheguei ao 5 abastecimento onde havia apenas água, descansei e conversei enquanto não chegou o Joel.  Descobri que a parte mais difícil da prova situava-se nesta pequena volta de cerca de 5km. Inicialmente o percurso descia até ao Rio Ardila para depois ser muito técnico com necessidade de fazer escalada em alguns momentos. O Joel sentiu algumas dificuldades pois as sapatilhas dele estavam um pouco gastas e não tinha muita tracção. Em relação às minhas Ultra Raptor, nem se queixavam, agarravam e protegiam os meus pés. Após chegarmos ao cruzamento da ribeira com o rio Ardila começámos a voltar novamente para o Castelo. Por vezes íamos a caminhar para recuperar. Quando começámos a subir novamente em direcção ao Castelo encontrei novamente o Bernardo F. que vinha algo debilitado, dei-lhe alguma força e disse-lhe para ter cuidado na parte mais técnica da prova. Chegados ao interior do Castelo, volto a encontrar o meu colega anterior, o de Alcobaça. Estava cansado e estava há alguns minutos a comer e a recuperar. Ele seguiu novamente e eu fiquei com o Joel a comer uma bela sopa de legumes e a beber coca cola. Aproveitei para falar com a família , informando que estava tudo a correr bem, estando apenas cansado. Neste abastecimento já estavam muitos desistentes ora por estarem exaustos ora por já não conseguirem dar a "voltinha" de 5km até ao rio Ardila. Saímos do Castelo sabendo que já faltava pouco e muito provavelmente a pior parte da prova já tinha passado. Mas enganámo-nos, já que o senhor Ico decidiu voltar a complicar as coisas, metendo uma parte muito técnica junto ao rio. Felizmente a paisagem era deslumbrante e a claridade do final do dia tornava o cenário digno de Hollywood. Às tantas começamos a correr no meio de uma vara de porcos pretos. Só quem corre na Natureza e nas provas de trail consegue ver e sentir tudo aquilo maravilhoso que passei naquele final de tarde. Encontrámos o último abastecimento por volta do 47km.



 Uns curtos minutos depois arrancámos para correr novamente num estradão que iria dar novamente à ponte de Pipa. Aqui voltei a detectar uma falha na marcação do percurso, pois num primeiro momento da prova viemos da esquerda da ponte e o percurso nesta fase era para seguir para a direita não havendo fitas visiveis para a direita. Quando passámos a ponte o percurso era bonito com um moinho junto à água numa fase inicial para depois a fazer-se a subir mas por um bonito trilho por entre as árvores. Liguei aos meus companheiros para avisar que estava a chegar. Sabia que estávamos perto do final, comecei a forçar o andamento, ainda que a subir, mas estava empolgado porque já faltava pouco. 



Comecei a puxar pelo Joel para não sermos ultrapassados por dois atletas que vinha no nosso encalço. Já dentro do parque de exposições o pessoal da minha cidade começa a bater palmas. Termino a prova com o tempo oficial de 8h41m27s. Terminei classificado em 72º em 124 que terminaram a prova. Após cortar a meta peço uma garrafa de "óleo para as articulações" e fico a beber uma bela e merecida cerveja preta. Em jeito de conclusão, gostei muito da prova com muitos aspecto positivos, a paisagem deslumbrante, as partes técnicas, a simpatia dos elementos da organização, bons abastecimentos. Como aspectos negativos destaco algumas falhas de marcação (mas sem comprometer), algumas partes do percurso serem comuns o que poderia originar algum acidente. Recomendo a prova a todos os amantes do trail. 


domingo, 6 de dezembro de 2015

Meia Maratona de Évora - 22 de Novembro de 2015

A uma semana de voltar aos Ultras Trails decidi ir a esta prova porque ia reencontrar 2 amigos, o Miguel B. e o Paulo G. Para além de ir com um novo amigo das corridas, o Eduardo M.

O objectivo para esta prova era terminar sem nenhuma mazela e com um tempo abaixo de 1h40. Chegados a Évora fomos levantar o dorsal do Eduardo M., já que o meu tinha sido levantado pelo Miguel e o Paulo no dia anterior. Após o rápido levantamento do dorsal voltámos ao carro para equipar, não apetecia muito porque estava fresco...

Dirigimo-nos para a Praça do Giraldo, o local de partida das provas (Meia Maratona, 10km e caminhada). Comecei a ficar stressado porque tinha de encontrar o Miguel e o Paulo para ter o meu dorsal. Depois de várias voltas à Praça do Giraldo, encontrei-os finalmente, faltando apenas 10 minutos para o início das provas.

Colocámo-nos o melhor possível no meio da multidão, com pessoas da caminhada à mistura... Este ponto foi a nódoa numa boa organização. Depois de umas breves palavras e de pousarmos para a foto foi dado o tiro de partida. 




Os 2km iniciais foram dentro das ruas estreitas da cidade. Apesar da confusão inicial até não foi muito mau, consegui desenvencilhar-me da multidão seguindo num bom ritmo. O 2 e 3km foram os mais rápidos de toda a prova, 4m01s e 4m06s respectivamente.  




Seguindo pelo IP2 fomos em direcção ao parque industrial de Évora. Até ao 8km os tempos ao km foram sempre abaixo de 4m20s. O primeiro abastecimento surgiu ao 6km, como não estava muito calor, bebi um pouco de água e levei a garrafa na mão. 

A partir do 8km, a prova começou a complicar, visto que o perfil do terreno começou a inclinar. 






Até ao 13km foi sempre a subir. Consegui ir mantendo um ritmo decente, até ao 10 km, a rondar o 4m30s. Nesta parte comecei a ver o Filipe Torres, aproveitei esta "lebre" de luxo e fui no seu encalço. Ao 10km tivemos o segundo abastecimento.  A parte mais complicada da toda a prova foi uma "senhora rampa" que tivemos que escalar e terminava junto às piscinas municipais. O ritmo foi completamente destroçado para um ritmo de 4m43s neste 13km. 

Entusiasmado por ter ultrapassado a rampa referida e por ter o Filipe a ser a minha lebre consegui voltar a um bom ritmo a cada km que passava. O 14km foi cumprido em 4m32s, o 15km a 4m25s e o 16 a 4m16s. Importa realçar que ao longo de toda a prova houve bastante apoio popular aos atletas que iam passando, ora a bater palmas ora com palavras de incentivo. Ao 14km deu-se o retorno e foi possível ver a dimensão do imenso pelotão que a prova teve. Senti-me com mais força por começar a ver outros atletas. O terceiro abastecimento estava colocado ao 15km. 

Sabia que a prova não estava ainda acabada, a organização decidiu "brindar-nos" com mais uma rampa, esta mais suave mas mais prolongada. Tive mais um "boost" de ânimo, pois vi a filha do Miguel M. e uma amiga com cartazes a apoiarem o pessoal. Os últimos dois km foram cumpridos religiosamente em 4m21s. Nos últimos 300m aproximei-me do Filipe e dei-lhe alguma força, já que estávamos a subir, notando que ele já ia na "red line". Cortei a meta com um tempo oficial de 1h34m52s com um tempo de chip 1h34m20s. A minha classificação final foi 181º em 940 atletas que terminaram a prova. Gostei muito da prova, a nível da organização esteve a roçar a perfeição, com a excepção da partida com todos os participantes juntos.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

1º Grande Prémio S. Martinho e 1º Trail Vitoriano - 14 e 15 de Novembro de 2015

1º Grande Prémio de São Martinho





O boom das corridas também já chegou ao Alentejo! A cada fim-de-semana vão surgindo algumas provas de corrida com aquele espírito de atleta de pelotão gosta: amadora mas bem organizada e com o enfoque nos atletas. Aproveitando uma prova curta e relativamente perto de casa decidi ir até Odivelas do Alentejo. Esta prova consistia num percurso por estradões e caminhos agrícolas com cerca de 11km de extensão. Para além da prova de corrida existia também uma caminhada e um passeio de BTT com cerca de 25km. Para a prova de corrida estavam na partida mais ou menos 30 atletas. O meu objectivo para esta prova é meter km nas pernas, em trilhos e com alguma velocidade. O 1km foi feito numa velocidade estonteante (pelo menos para mim) a 3m39s em virtude de ser a descer e em alcatrão. Durante os 2km iniciais consegui ir no grupo da frente mas foi curto, mas bom, até que os mais rápidos descolaram e fui numa velocidade mais próxima da minha. Após uma ligeira subida o 3km foi feito em 4m48s (o km mais lento de toda a prova). Com o primeiro abastecimento a aparecer logo ao 3km. Entre o 4km e o 5km foi a parte mais "dura" da prova com o perfil do terreno a subir progressivamente, mas curiosamente não diminui muito ritmo (4m37s). Até este período vinha no encalço de um atleta relativamente novo, sabia que ele iria quebrar e eu manteria o meu ritmo ultrapassando facilmente neste 5km. O ritmo foi aumentando e fui rolando diminuindo os tempos ao km para um ritmo de 4m13s, ao 7km. Ao 8km surge nova inclinação no terreno e abrandando um pouco aproveitei para posar para a foto! 


O segundo abastecimento surgiu ao 9km mas como o dia estava fresco não bebi e segui. Ao 10.5km, um elemento da organização aponta o caminho para a direita, quando estávamos praticamente dentro de Odivelas, entramos então na estrada de alcatrão  que dá acesso a Odivelas. Nos últimos 600m tive que acelerar porque vinha um atleta no meu encalço, mas não foi fácil visto que eram sempre a subir até à meta. Felizmente não fui ultrapassado verificando no final que aumentei a minha distância para o atleta que vinha no meu encalço. 

Terminei a prova com um tempo oficial de 50m29s com cerca de 30s de vantagem do outro atleta que vinha no meu encalço. A minha classificação final foi o 11º lugar em 32 atletas que terminaram a prova. O meu ritmo médio foi de 4m22s, com a 3ª melhor marca aos 10km (43m48s). No final havia abastecimento sólido (bananas, maçãs e laranjas) e líquido (água e refrigerantes). Gostei desta pequena prova, bem organizada com um percurso interessante do ponto de vista de ser rolante com uma ou duas subidas interessantes. 




1º Trail Vitoriano


Segunda prova no fim-de-semana, desta vez em Ermidas do Sado. Sendo a primeira edição não sabia bem o que esperar, mas sendo um trail relativamente curto estava mais ou menos à vontade. Depois de um rápido e expedito levantamento do dorsal comecei a efectuar um aquecimento ligeiro ao mesmo tempo que ia fazendo o reconhecimento do percurso. À partida estavam cerca de 100 atletas. Coloquei-me a meio do pelotão para "estorvar" o meu ímpeto inicial muito rápido. 




Os primeiros 500m decorreram dentro da localidade e em alcatrão, passando depois para estradões e caminhos agrícolas. O percurso era extremamente rolante e acessível, permitindo velocidades elevadas. Surgiram apenas duas subidas de dois viadutos sobre a linha de caminho de ferro (ao 1.5km e 3km).




 A determinado momento, cerca do 3km,o piso tornou-se mais difícil já que era praticamente areia. O que fez com que abrandasse o ritmo que trazia até aí. O percurso seguia para uma zona onde podemos ver um canal de água. O primeiro abastecimento surgiu ao 5km sensivelmente. Ao 7km surgiu ponto de interesse na prova, a organização aproveitou um tubo de rega para fazer uma espécie de chuveiro! Uma ideia simples mas eficaz que permitiu arrefecer um pouco. 


Por volta do 10km, depois de surgir uma subida um pouco mais inclinada e com a respectiva descida cheguei ao segundo abastecimento. 



Neste abastecimento havia não só líquidos mas também fruta. Eu achei que não era necessário e levei apenas uma garrafa de água para não perder muito tempo. Após o abastecimento comecei a ver a ver o padrinho da prova, o Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém. Fui aproximando-me aos poucos dele, notei que ele começou a ficar nervoso porque começou a olhar muito para trás e a forçar o seu andamento. Eu continuei no meu ritmo e acabei por ultrapassá-lo após a zona mais complicada de toda a prova. Esta zona foi a única zona que merecia a pena chamar-se de trail, já que havia alguma lama e uns bons desníveis (ainda que curtos). 






Após ultrapassar o "sor Presidente" fui aumentando a distância dele. Já dentro da localidade começo a sentir a presença de outro atleta no meu encalço. Entrámos por uma passagem inferior da estação de caminho de ferro de Ermidas do Sado.  Forço um pouco o andamento para tentar descolar e sou bem sucedido entrando na recta da meta sozinho. Terminando a prova em 1h14m15s. 



Termino no 24º lugar na classificação geral em 96 atletas que chegaram ao fim e no 10º lugar em Sénior Masculino em 27 atletas atletas do meu escalão. Gostei de alguns aspectos da prova mas não tenciono voltar porque é demasiado "rolante" e pouco desafiante. Será uma prova adequada para quem está a iniciar-se no trail.



sexta-feira, 13 de novembro de 2015

X Milhas do Guadiana 2015 - 08 de Novembro

Estou de volta! Não, não deixei de correr! E não, não deixei de escrever no blogue! Estive fora do país e sem possibilidade de participar em provas desde a Escalada do Mendro, no longínquo mês de Junho... Aproveitando o excelente clima de sol no fim-de-semana e o interesse nesta prova decidi ir a esta prova. Levantei o dorsal no dia anterior ao da prova no Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António. No dia da prova combinei encontrar-me com o simpático e bem-disposto casal Isac V. e a Tânia. Duas máquinas de corrida! A prova é sui generis, visto que o percurso é diferente todos os anos, ou começa em Ayamonte e termina em Vila Real de Santo António ou vice-versa como aconteceu este ano. A prova tinha uma distância prevista de 17.200m. O meu objectivo para esta prova seria terminar no intervalo de 1h15 e 1h20. Após o reencontro com o casal Isac/Tânia e uma amiga a Rita fiquei a saber que a Tânia não participaria na prova devido a não estar em forma. Iniciámos um curto aquecimento, onde pude constatar que estavam presente muitos atletas, cerca de um milhar presentes. A hora da partida foi atrasada 15m para umas perigosas e quentes 11h15. Coloquei-me a meio do pelotão para uma partida lenta para evitar começar muito rápido.  Arranquei devagar durante o 1km mas a partir do 2km perdi a paciência de ir aos zig zags a ultrapassar atletas mais lentos e comecei a dar-lhe gás (até ao 4km fiz tempos abaixo de 4m20s) Neste 4km estava o primeiro abastecimento. Fiz o procedimento habitual em provas com muito calor, beber dois golos de água e despejar o resto em cima da cabeça e do chapéu. Ao 5km apanhámos a primeira de várias rampas, passando depois por dentro Castro Marim.


Dentro da localidade estava muita gente a assistir com algumas pessoas a baterem palmas.






Após passarmos Castro Marim, ao  6km surge nova rampa, esta com praticamente 1km de comprimento. Entrámos na Via do Infante onde começámos a enfrentar o vento frontal e com o percurso tendencialmente a subir. Ainda antes de passarmos a ponte sobre o rio Guadiana tivemos o segundo abastecimento por volta do 8km. Após a ponte por volta do 12km comecei a sentir algum cansaço devido ao esforço dispendido para subir até à ponte, com o vento de frente e o calor. Felizmente já não faltavam muito para o final e sabia que em Espanha o apoio seria muito maior. Ao 12km surge novo abastecimento onde bastantes pessoas estavam a apoiar e a baterem palmas. Ganhei novo ânimo após este abastecimento mas durou pouco porque o calor que se fazia sentir e uma espécie de calçada horrível, toda irregular abrandaram-me para um ritmo na casa de 4m35s, quando até aí a média era de 4m20s. Até ao final, por dentro da Ayamonte, fui gerindo o esforço e agradecendo o muito apoio popular. Dei entrada na pista de atletismo no estádio de Ayamonte, tentando dar o máximo que ainda conseguia,  ultrapassando ainda um atleta. O último km foi feito a 4m24s. Após cortar a meta com um tempo oficial de 1h17m59s deram um saco com uma sandes mista, uma laranja, uma garrafa de água e um voucher para trocar por uma lata cerveja e uma bebida isotónica. A tshirt técnica da prova foi-me dada numa outra fila. Terminei classificado em 200º na classificação geral, 190 na classificação por género e 53º na classificação do escalão SenM. Terminaram a prova 862 atletas.Gostei da prova e penso voltar.  




domingo, 5 de julho de 2015

29ª Escalada do Mendro - 21 de Junho de 2015

Voltei a esta prova pelo terceiro ano consecutivo, mais uma vez acompanhado. Se no ano passado participei com o Rui Soeiro, este ano voltei acompanhado pelo Bruno Silva, um puto a dar os primeiros passos no mundo da corrida e das provas. O que gosto nesta prova é simplicidade e eficácia da organização (a fazer lembrar os suecos..). Por 5€ tivemos direito a tshirt técnica, ao dorsal, abastecimentos liquidos, banhos, almoço e entrada nas maravilhosas piscinas da Vidigueira! A simpatia da organização e dureza da curta prova fazem-me querer voltar todos os anos! Depois de levantarmos os dorsais sem qualquer demora fizemos um pequeno aquecimento e colocámo-nos na zona da partida. Este ano não existiu o controlo 0 que aconteceu nos anos transatos. Arrancámos com um ritmo alto aproveitando o facto do percurso ser em alcatrão e ter uma ligeira descida. 




Os dois primeiros km foram feitos em 4m14s e 4m26s. Após o 2km é que começa a prova a sério, sendo 3km duros a subir, este ano com a agravante de estarem umas temperaturas perto dos 30ºC. Felizmente estava um habitante local com uma mangueira a molhar os atletas à medida que passavam. O percurso foi igual ao do ano passado, portanto foi sempre a subir até ao ponto mais alto da prova, onde se situam os emissores da RTP. Fui aguentando equanto pude sem caminhar, mas por duas vezes tive que pôr-me a passo já que as subidas iam ficando mais inclinadas à medida que aproximavámo-nos do topo. O meu amigo Bruno foi ganhando alguma distância, já que apenas por uma vez teve que andar, chegando a ter uma distância de 300m. Quase a chegar ao topo encontrámos as pessoas da caminhada em sentido contrário, o que acaba por dar alguma motivação porque nos vão dando força. Voltámos a ver uma dupla que ainda não se tinham deitado da noite anterior a beberem minis, a fumar e abraçados a uma vedação... Momento muito hilariante, só estando no local é que dava para ver o espectáculo! Vendo a evolução dos tempos, vê-se bem a dificuldade de atingir o topo. Com o 5km a ser feito em 7m19s! A inclinação chega a atingir os 20%! Chegados ao topo tivemos o segundo abastecimento liquido. Após este abastecimento é acelerar até à meta, já que a grande dificuldade da prova foi ultrapassada. Ao 7km tivemos o terceiro e último abastecimento liquido, aproveitei para alguma beber água e despejar a maior parte em cima de mim. Voltámos a entrar no alcatrão por volta do 9km onde mais uma vez estava outro habitante com uma mangueira de água a regar o pessoal. Fui forçando o mais que pude para ir no encalço de um atleta praticamente até ao final da prova mas as forças já me faltavam devido às elevadas temperaturas. Os dois últimos km foram feitos a 4m28s e 4m24s. Na última descida dei tudo o que tinhas mas já não consegui ultrapassar o atleta que vinha tentando ultrapassar. 



Passei a meta com um tempo final de 56m31s. Tirei um minuto ao meu recorde da prova, que tinha realizado no ano anterior!  Terminei classificado em 103º em 221 atletas que terminaram a prova. O meu amigo Bruno chegou cerca de um minuto antes de mim. Depois de estarmos a descansar e a recuperar na relva decidimos ir dar um banho nas instalações da piscina. Após o almoço, realizado na mata da piscina, foram entregues os prémios na cerimónia de entrega de prémios.



terça-feira, 23 de junho de 2015

Escalada de S. Gens - Serpa Terra Forte - 14 de Junho de 2015

Aproveitando mais uma prova organizada pela Associação de Atletismo de Beja, relativamente perto de casa e de inscrição gratuita, desloquei-me até Serpa com o Bruno. A prova era curta (7.4km) mas intensa e consistia em duas voltas a um percurso misto. A maior dificuldade da prova era a subida em terra batida até ao ponto mais elevado da prova (264m). Depois de um pequeno aquecimento colocámo-nos na linha da partida e arrancámos forte, o 1km foi feito a 4m01s. Neste km ainda consegui ir ao ritmo do Bruno, mas acabou por ir mais rápido e ganhou umas boas centenas de metros em relação a mim. Entrámos depois na parte do percurso em terra batida e a subir até ao ponto mais elevado da prova. Foram cerca de 700m muito duros com a inclinação a atingir praticamente os 23%, nos últimos metros da subida. O ritmo no 2km desceu para 5m10s. Após atingirmos o ponto elevado era descer 200m por alcatrão até entramos novamente numa parte do percurso em terra batida, muito interessante visto que o percurso era sinuoso com alguns buracos, curvas e contra curvas e descidas. Após 700m de diversão entrámos novamente em alcatrão. Passando pela zona da meta, iniciámos nova volta. O 3km foi cumprido em 4m06s e o 4km a 4m15s. Após 2 km em alcatrão voltámos a entrar na parte do percurso interessante, a terra batida. Nesta volta comecei a perder o fôlego, até ao ponto elevado da prova fui ultrapassado por 2 atletas, tive inclusive que caminhar na parte mais íngreme da subida. O 5km e 6km foram cumpridos em 4m38s e 5m39s, valores que mostram claramente essa quebra. Depois de ter passado o ponto mais elevado da prova foi acelerar até à meta cumprindo o 7km em 4m39s. Cheguei à meta com o tempo final de 33m51s para uma distância registada pelo gps de 7.30km. O meu colega, o Bruno chegou cerca de um minuto antes de mim. Gostei da prova apesar estar presentes poucos atletas, cerca de 35, entre juniores, seniores e veteranos. 



terça-feira, 16 de junho de 2015

Brisas do Atlântico - 10 de Junho de 2015

Desde que comecei a correr que tinha esta prova debaixo de olho e este ano foi o ano da minha estreia. Esta prova tem inicio na praia de Almograve e termina na Zambujeira do Mar, na distância de Meia Maratona. É um evento multidisiplinar que tem para além da Meia Maratona, estafetas, Run and Bike, patinagem, bicicleta, canoagem. O dia estava excelente para correr com o sol escondido atrás das nuvens e uma excelente temperatura para a corrida, 17ºC. Depois de fazer o rápido levantamento do dorsal realizei um pequeno aquecimento, até que encontrei o meu amigo Luís Rações. 



Estivemos a conversar até à partida da prova, que decorreu com praticamente uma hora de atraso. Após a partida tinhamos uma curta e ligeira subida, facilmente ultrapassada. Arranquei rápido para aproveitar o dia fresco que estava. Até ao 5km fiz praticamente todos os km a um ritmo de 4m26s. Neste mesmo 5km, surgiu o primeiro abastecimento liquido. Após o abastecimento consegui aumentar o ritmo para valores entre os 4m15s e 4m18s aproveitando um companheiro que se juntou a mim e fomos "puxando" à vez. Entre o 8km e o 10km tive uma quebra ligeira porque o terreno começou a subir. No final dessa subida já perto do 11km surgiu o segundo abastecimento liquido. Conseguido baixar novamente o tempo por km para valores abaixo de 4m30s. O último abastecimento surgiu ao 15km, começando a sentir algumas dificuldades entre o 17km e o 18km onde surgiu uma subidas continua e algo ingreme. Consegui recuperar um pouco o fôlego depois de comer uma marmelada que levava, mas o estrago já estava feito e rolei a valores de cerca de 4m30s até ao final. Já dentro da localidade da Zambujeira do Mar os organizadores "enganaram" o pessoal e fizeram um volta de cerca de 1km dentro da Zambujeira do Mar. Terminei a prova com 1h3424s, o segundo melhor tempo à Meia Maratona. A prova ao contrário do que se possa esperar não é muito bonita, já que só vemos o mar no inicio na praia de Almograve e no final da Zambujeira do Mar. Não gostei muito de ter os carros dos participantes na prova de estafetas a circularem no percurso. Gostei do almoço no final, da bonita tshirt que ofereceram, os 3 abastecimentos, tudo isto por apenas 5€. Provavelmente voltarei. 

domingo, 14 de junho de 2015

14ª Corrida do Mirante - 07 de Junho de 2015

No dia anterior à prova fui a um treino do grupo "Correr na Cidade" patricionado por uma loja a Yellow Adventure. Fiz um total de 15km entre deslocamento, aquecimento e treino propriamente dito. Desloquei à Ota para a segunda participação nesta prova. Depois do levantamento do dorsal fiquei alguns minutos à conversa com o João Campos. A partida foi dada e arrancámos durante cerca de 700m andámos dentro da localidade. A seguir foram 1.4km a subir. 





Cerca do 2.6km entrámos numa pedreira com algum pó no ar devido facto aos atletas da frente levantarem muito pó e a areia ser muito fina. Aos 4km passamos por uma pequena aldeia com um nome muito curioso Atouguia das Cabras. O primeiro abastecimento surge cerca do 5km, aproveitei para pegar numa garrafa e seguir, sem parar. 



As subidas foram surgindo logo após o abastecimento e ao longo de cerca de 3km. Após o 7km fomos descendo por estradões com alguma pedra à mistura.  Um pouco depois do 8km enfrentámos a segunda subida mais exigente de todo o percurso, tivemos de subir até ao Mirante propriamente dito e ao ponto mais alto de toda a prova, 250m. Foram praticamente 30 minutos a subir em single tracks muito sinuosos com muita curva e contra curva. Mas como tudo o que sobe tem de descer, tivemos uma descida muito inclinada e perigosa do outro lado, com muita calhau solto à mistura. Praticamente em cima do 13km surge o segundo abastecimento. Neste abastecimento parei alguns segundo para comer alguns gomos de laranja e hidratar-me como devia de ser porque estava muito calor, vindo a perder muitos liquidos. Até ao abastecimento seguinte, ao 16km, foram estradões largos a descer e com alguma pedra. A famosa subida em "V" surgiu ao 18km, alguns atletas que vinham atrás de mim começaram a reclamar por a organização colocar uma subida tão íngreme tão perto do final. Não sei se terá sido por não ter olhado para o topo da subida ou já conhecer a subida do ano transacto mas este ano fi-la com mais facilidade. Chegado ao topo soltei um grito de vitória por ter transposto esta "parede". Daí até ao final sabia que era fácil e a descer. 




Fui acelerando até ao final, conseguindo ultrapassar ainda um atleta na última subida. Cheguei à meta com um tempo final de 2h13m27s. A prova estava muito bem marcada, com bombeiros nas zonas perigosas, bom número de abastecimentos e simpatia em todos os elementos da organização da prova. No final ofereceram um almoço seguido da cerimónia de entrega de prémios. 

quinta-feira, 4 de junho de 2015

1º Trail Serpa por Vales e Planicies - 24 de Maio de 2015

Passada mais de uma semana da prova decidi escrever sobre esta prova. Confesso que fiquei com pouca vontade de escrever sobre a mesma. O grande motivo foi a primeira entorse na minha vida desportiva (mais de duas décadas de actividade desportiva). Começando do inicio, esta prova situava-se muito perto da minha cidade e estava muito curioso sobre o percurso da prova. Levantei o dorsal com grande facilidade e voltei para o carro para acabar de equipar-me. Entretanto encontrei o Ricardo do grupo dos Pax Julia Runners. Depois de tirarmos a foto da praxe e desejar boa sorte um ao outro, arrancámos para a prova.



Depois de fazermos 500m em alcatrão passámos para um troço de terra batida com uns bons 200m a subir. Até aos 1.5km foi um percurso com um sobe e desce até que... coloco o pé direito no rego feito pela chuva e torço o pé virando a sola para dentro, ouvindo um estalo na articulação tibio-társica. Pensei logo que a prova acabaria para mim, fiquei uns segundos parado a mexer o pé constatando que tinha algumas dores, comecei a caminhar e por fim a correr lentamente. Fui correndo com algumas dores e gerindo o esforço até ao final. Fiquei triste porque nunca tinha torcido o pé e tinha as espectativas altas para o meu desempenho nesta prova. Até ao 8km o percurso foi sendo acessível com poucas subidas e algumas descidas ligeiras. Ao 8km chegámos ao primeiro abastecimento, situado numa pedreira, havia à disposição bananas, laranjas batatas fritas... e melhor que tudo, esponjas com água para nos refrescar-nos! Tenho que admitir que foi uma excelente ideia, tendo em conta o calor que se fez sentir. Após algumas palavras trocadas com os elementos da organização segui caminho. Durante vários kms segui com os padrinhos da prova o Ico Bossa e a Sónia Tubal. Foram surgindo algumas curtas subidas com um percurso sempre rolante. Por volta do 12km surgiu uma rampa "jeitosa". Até ao 15km fomos "rolando" por um percurso sem grande dificuldade sempre junto de um pequeno riacho. Ao 15km tivemos o segundo abastecimento com tudo o que o anterior tinha em termos de abastecimentos. A prova começou a tornar-se interessante depois deste abastecimento com umas subidas bem acentuadas e com umas descidas ainda mais inclinadas e perigosas devido à muita pedra solta que havia. Aliás, ao longo de toda a prova houve muita pedra solta ou grandes pedras que tivemos de transpor. Ao 18km tivemos um dos momentos altos da prova, a passagem por dentro de água! A Sónia que ia à minha frente ficou com água pela cintura. Após cruzarmos o ponto de água tivemos uma das subidas mais ìngremes de toda a prova. No topo estava um senhor a filmar todas aquelas situações. Ao 20km passámos por dentro de uma aldeia tipicamente alentejana, chamada Santa Iria, com as pessoas todas na rua a incentivarem com palmas ou com algumas frases engraçadas tais como " vá a ver, que os dexou fugi-los!" Inclusivé havia um posto de abastecimento improvisado (penso eu) com uma senhora sentada numa cadeira a dar garrafas de água e ao seu de um balde com as famosas esponjas. Aproveitei mais uma vez para dar um banho, quase literalmente... 




Depois de sair da aldeia comecei a baixar o ritmo porque as dores no tornozelo direito voltaram. Meti uma velocidade confortável para não ter muitas dores. O percurso já custava mais a fazer não só devido ao tornozelo dorido mas também a altimetria estava a aumentar. Surge o terceiro abastecimento por volta do 24.5km onde aproveitei para comer um pouco mais e refrescar-me novamente. Em conversa com uma rapariga da organização percebi que daí adiante seria a parte mais dificil da prova com a altimetria a subir sempre até ao final. Surge então um troço em alcatrão que serviu para quebrar um pouco a monotonia que ia instalando, não via ninguém à frente nem atrás. A prova passou depois para dentro de um olival, com cerca de 1 km de extensão. 





No final do olival tivemos o último abastecimento onde estavam duas raparigas muito simpáticas onde me alertaram que a prova estava quase a acabar mas faltava ainda a subida até à Capelinha. A subida tinha cerca de 1 km chegando ao ponto mais alto de toda a prova. Já no topo tive de saltar uma cerca que por acaso partiu-se no momento em que a transpus. Depois de a saltar olho para o lado esquerdo e vejo um local da cerca aberta com as fitas... LOL! A descida da Capelinha meteu alguns degraus mas foi feita quase toda em estradão de terra batida. Animado por estar a entrar dentro de Serpa foi acelerando o ritmo, ultrapassando alguns atletas da prova mais curta. Terminei a prova com 3h16m19s. Gostei bastante da prova com muitos abastecimentos, a nível da abastecimentos sólidos têm espaço a melhorar podendo colocar mais diversidade tais como tomate com sal, frutos secos... Os abastecimentos liquidos estavam em quantidade mais do que suficiente, tivemos cerca de 5/6 abastecimentos de água, o que revela uma grande preocupação da parte da organização com a a hidratação. As marcações estavam muito boas, apenas colocaria um ponto de controlo na parte de contornar o riacho já que dava para encurtar o percurso. A simpatia de todos os elementos da organização é algo a destacar. No local da chegada existia ainda um abastecimento final onde já estavam presentes os frutos secos.  



sexta-feira, 8 de maio de 2015

2º Grande Prémio Portel Terras do Montado 2015 - 03 de Maio de 2015



Aproveitando esta prova relativamente perto de casa fui conhecer uma zona que ainda não conhecia. Tinha visto uns relatos da prova do ano transacto e fiquei com a sensação que seria dura apesar de ser curta (12km). Cheguei a Portel, facilmente estacionei o carro e levantei o dorsal. Antes da prova dos Absolutos onde me inseria, houve as provas dos vários escalões jovens. Fiz um aquecimento suave porque a temperatura estava agradável. Fomos chamados para a zona da partida, já perto das 10h, colocando-me no meio do pelotão (cerca de 100 atletas). Nos primeiros metros fui no meio do pelotão, mas aborreci-me com ritmo e acelerei. Aproveitando que era a descer fiz o km mais rápido de toda a prova, 3m54s. Saimos do alcatrão e entrámos num estradão de terra batida. A prova começou a complicar e surge a maior subida de toda a prova, foram cerca de 2.6km a subir. Surgiu o primeiro abastecimento líquido, peguei na garrafa de água e despejei a maior parte de cima da cabeça e dei apenas dois golos de água. Mais à frente fui ultrapassando alguns atletas aproveitando uma descida brutal, com 1.6km com muita pedra no chão e ervas altas que por vezes não deixava ver bem onde colocávamos os pés.  a complicar. Este km foi feito em 3m59s o segundo km mais rápido de toda a prova. Vi uns atletas ao meu alcance e aproveitei para acelerar na descida para os ultrapassar. Depois da longa descida surge nova subida que me deixou de "bofes de fora" tanto que assim foi que passei no abastecimento a andar e aproveitei para beber água. Ao 9km voltámos a entrar no alcatrão aproximando-nos de Portel, após uma curta descida fomos encaminhados para a subida até ao castelo de Portel. Já no castelo de Portel estava um elemento da organização que referiu que era a descer até à meta. Motivado acelerei na descida e fui a todo o gás até a meta. Terminei a prova com um tempo de 55m19s. Fiquei classificado em 35º em 77 atletas que chegaram à meta. No escalão de absolutos terminei classificado em 19º em 35 atletas que terminaram a prova. A prova foi muito interessante a todos os niveis, bem organizada, dura q.b., com duche e almoço incluido por apenas 5€. Altamente recomendada. 

domingo, 3 de maio de 2015

Corrida da Liberdade e Raide Atlético Vale de Barris - 25 e 26 de Abril de 2015

Para este fim de semana estava previsto uma dose dupla de corridas, no sábado a Corrida da Liberdade em Lisboa e no domingo o Raide Atlético Vale de Barris em Setúbal. Para a Corrida da Liberdade o plano era ir num ritmo mais calmo do que o habitual e fazer companhia ao Miguel B. Fiz o levantamento do dorsal no próprio dia e esperei pelo Miguel B. e o Paulo. A estratégia do Paulo para esta prova seria "prego a fundo" e a nossa seria ir num ritmo mais calmo. Depois de um pequeno aquecimento entrámos para o "curral" em frente ao Reguimento de Engenharia, onde se deu o início da Revolução de Abril. Lá partimos para mais uma Corrida da Liberdade com grande alegria, como é apnágio desta corrida. Nos 2km iniciais fruto da multidão que seguia à nossa frente o ritmo foi 5m30s e 5m09s. Conseguimos ultrapassar algumas pessoas e nos 4km seguintes mantivemos um ritmo abaixo de 5m00 por volta 4m45s. Com o abastecimento por volta do 6/7km o ritmo desceu um pouco para 5m/km. Com a passagem pelos os túneis do Campo Grande, o GPS perdeu o sinal, o ritmo subiu ainda mais para 5m38s no 9km. Comecei a puxar pelo Miguel para o voltarmos ao ritmo que traziamos anteriormente, não só conseguimos mas conseguimos aumentar o ritmo nos dois últimos km. O último km foi feito em 4m23s. Terminámos com um tempo final de 52m57s.  







Raide Atlético Vale de Barris

Cheguei a local de partida da prova já com pouco tempo para levantar o dorsal, mas como estava tudo muito bem organizado levantei o dorsal em menos de 5 minutos. Fiz um pequeno aquecimento para "activar a máquina" que ainda estava quente do dia anterior, seguido de um pequeno briefing da parte da organização, onde reforçaram para estarmos com atenção às marcações isto porque na noite anterior tinha chovido e tinha havido muito vento. 






Posicionei-me no meio do pelotão de cerca de 200 pessoas e partimos por uma estrada de alcatrão, lá passámos para uma estrada de terra batida cerca do 2km. 




Ao 2.5km começou a prova propriamente dia, tivemos de subir um troço de cerca de 400m com alguma lama,  que provocava alguma falta de aderência. 


Nesta subida estavam não só elementos da organização mas também alguma pessoas a apoiar e tirar fotos. Depois de cerca de 4km de single tracks de sobre e desce constante e com muita lama nos pés passámos para um estradão onde conseguimos tirar a maior parte da lama. No topo podemos observar uma bela paisagem da serra e dos vários moinhos que compunham a paisagem. Ao 7km tivemos uma longa descida com cerca de 1km seguido de um troço dificil com muita pedra e a subir praticamente até ao 10km, onde se situava o primeiro abastecimento. 






No abastecimento havia água, bananas e laranjas. Aproveitei para encher uma pequena garrafa com água que transportava. Após o abastecimento tivemos uma bela descida para recuperar o ritmo. Mas tudo o que desce, tem de subir e foi dura a subida, comecei a transpirar abundantemente, quase escorrendo um fio de suor pelo queixo. Nova descida e consequente uma dura subida. Os kms foram passando com o percurso a ser mais suave, com curtas subidas e descidas. Ao 13km surge nova subida colossal, foram 1.5km a subir. Do 15km até ao abastecimento que se situava no 19km foram 4 km sempre a descer. Chegado ao abastecimento perguntam-me se quero uma mini, recusei porque estava cheio de sede. Bebi bastante água, comi batatas fritas e comi laranjas. Segui passados 3 minutos já restabelecido, sem saber que uma das parte mais duras da prova estava para aparecer... Começo a reconhecer a zona de uma outra prova e pensei que iria reencontrar  um "velho conhecido", um corta-fogo a subir quase até ao céu! Quem conhece a Serra de Sintra conhece com certeza o corta-fogo da Corrida do Monge e posso dizer que é tudo semelhante aliás atrevo-me a dizer que é ainda mais comprido do que o da Corrida do Monge, juntando a lama e as enormes crateras feitas pela água a descer imaginem... Começo novamente a suar em bica e a perder muitos liquidos e sais precisosos. Recuperado da escalada de 2 km que tinha efectuado, é apresentada uma bela descida com curva com contra-curva. Mas a organização não facilitou voltando a apresentar-nos uma nova subida, desta vez um pouco mais curta com 1 km de extensão. Surge um single track muito interessante pelo meio das árvores com um sobe e desce constante, foi com imenso gosto que fiz esta parte da prova. Somos guiados para um pequeno barranco onde andámos cerca de 400m, ao início com água apenas pelo tornozelo cheia a ficar com a água pela cintura.



Já depois de sair do barranco começo a sentir algum cansaço quando ainda faltavam cerca de 6km. Fui bebendo pequenos de água e fui aguentado como pude. 





O percurso foi sendo feito por estradões surgindo apenas mais uma subida digna de registo até ao final. Cheguei à meta 30s depois do meu ídolo Paulo Pires com o tempo de 3h21m27s. 






Fiquei classificado em 21º em 125 atletas que terminaram a prova. No final estive a comer laranjas, bananas e beber água.  A prova foi muito bem organizada com muita simpatia à mistura. Recomendo esta prova e voltarei provavelmente.