terça-feira, 23 de junho de 2015

Escalada de S. Gens - Serpa Terra Forte - 14 de Junho de 2015

Aproveitando mais uma prova organizada pela Associação de Atletismo de Beja, relativamente perto de casa e de inscrição gratuita, desloquei-me até Serpa com o Bruno. A prova era curta (7.4km) mas intensa e consistia em duas voltas a um percurso misto. A maior dificuldade da prova era a subida em terra batida até ao ponto mais elevado da prova (264m). Depois de um pequeno aquecimento colocámo-nos na linha da partida e arrancámos forte, o 1km foi feito a 4m01s. Neste km ainda consegui ir ao ritmo do Bruno, mas acabou por ir mais rápido e ganhou umas boas centenas de metros em relação a mim. Entrámos depois na parte do percurso em terra batida e a subir até ao ponto mais elevado da prova. Foram cerca de 700m muito duros com a inclinação a atingir praticamente os 23%, nos últimos metros da subida. O ritmo no 2km desceu para 5m10s. Após atingirmos o ponto elevado era descer 200m por alcatrão até entramos novamente numa parte do percurso em terra batida, muito interessante visto que o percurso era sinuoso com alguns buracos, curvas e contra curvas e descidas. Após 700m de diversão entrámos novamente em alcatrão. Passando pela zona da meta, iniciámos nova volta. O 3km foi cumprido em 4m06s e o 4km a 4m15s. Após 2 km em alcatrão voltámos a entrar na parte do percurso interessante, a terra batida. Nesta volta comecei a perder o fôlego, até ao ponto elevado da prova fui ultrapassado por 2 atletas, tive inclusive que caminhar na parte mais íngreme da subida. O 5km e 6km foram cumpridos em 4m38s e 5m39s, valores que mostram claramente essa quebra. Depois de ter passado o ponto mais elevado da prova foi acelerar até à meta cumprindo o 7km em 4m39s. Cheguei à meta com o tempo final de 33m51s para uma distância registada pelo gps de 7.30km. O meu colega, o Bruno chegou cerca de um minuto antes de mim. Gostei da prova apesar estar presentes poucos atletas, cerca de 35, entre juniores, seniores e veteranos. 



terça-feira, 16 de junho de 2015

Brisas do Atlântico - 10 de Junho de 2015

Desde que comecei a correr que tinha esta prova debaixo de olho e este ano foi o ano da minha estreia. Esta prova tem inicio na praia de Almograve e termina na Zambujeira do Mar, na distância de Meia Maratona. É um evento multidisiplinar que tem para além da Meia Maratona, estafetas, Run and Bike, patinagem, bicicleta, canoagem. O dia estava excelente para correr com o sol escondido atrás das nuvens e uma excelente temperatura para a corrida, 17ºC. Depois de fazer o rápido levantamento do dorsal realizei um pequeno aquecimento, até que encontrei o meu amigo Luís Rações. 



Estivemos a conversar até à partida da prova, que decorreu com praticamente uma hora de atraso. Após a partida tinhamos uma curta e ligeira subida, facilmente ultrapassada. Arranquei rápido para aproveitar o dia fresco que estava. Até ao 5km fiz praticamente todos os km a um ritmo de 4m26s. Neste mesmo 5km, surgiu o primeiro abastecimento liquido. Após o abastecimento consegui aumentar o ritmo para valores entre os 4m15s e 4m18s aproveitando um companheiro que se juntou a mim e fomos "puxando" à vez. Entre o 8km e o 10km tive uma quebra ligeira porque o terreno começou a subir. No final dessa subida já perto do 11km surgiu o segundo abastecimento liquido. Conseguido baixar novamente o tempo por km para valores abaixo de 4m30s. O último abastecimento surgiu ao 15km, começando a sentir algumas dificuldades entre o 17km e o 18km onde surgiu uma subidas continua e algo ingreme. Consegui recuperar um pouco o fôlego depois de comer uma marmelada que levava, mas o estrago já estava feito e rolei a valores de cerca de 4m30s até ao final. Já dentro da localidade da Zambujeira do Mar os organizadores "enganaram" o pessoal e fizeram um volta de cerca de 1km dentro da Zambujeira do Mar. Terminei a prova com 1h3424s, o segundo melhor tempo à Meia Maratona. A prova ao contrário do que se possa esperar não é muito bonita, já que só vemos o mar no inicio na praia de Almograve e no final da Zambujeira do Mar. Não gostei muito de ter os carros dos participantes na prova de estafetas a circularem no percurso. Gostei do almoço no final, da bonita tshirt que ofereceram, os 3 abastecimentos, tudo isto por apenas 5€. Provavelmente voltarei. 

domingo, 14 de junho de 2015

14ª Corrida do Mirante - 07 de Junho de 2015

No dia anterior à prova fui a um treino do grupo "Correr na Cidade" patricionado por uma loja a Yellow Adventure. Fiz um total de 15km entre deslocamento, aquecimento e treino propriamente dito. Desloquei à Ota para a segunda participação nesta prova. Depois do levantamento do dorsal fiquei alguns minutos à conversa com o João Campos. A partida foi dada e arrancámos durante cerca de 700m andámos dentro da localidade. A seguir foram 1.4km a subir. 





Cerca do 2.6km entrámos numa pedreira com algum pó no ar devido facto aos atletas da frente levantarem muito pó e a areia ser muito fina. Aos 4km passamos por uma pequena aldeia com um nome muito curioso Atouguia das Cabras. O primeiro abastecimento surge cerca do 5km, aproveitei para pegar numa garrafa e seguir, sem parar. 



As subidas foram surgindo logo após o abastecimento e ao longo de cerca de 3km. Após o 7km fomos descendo por estradões com alguma pedra à mistura.  Um pouco depois do 8km enfrentámos a segunda subida mais exigente de todo o percurso, tivemos de subir até ao Mirante propriamente dito e ao ponto mais alto de toda a prova, 250m. Foram praticamente 30 minutos a subir em single tracks muito sinuosos com muita curva e contra curva. Mas como tudo o que sobe tem de descer, tivemos uma descida muito inclinada e perigosa do outro lado, com muita calhau solto à mistura. Praticamente em cima do 13km surge o segundo abastecimento. Neste abastecimento parei alguns segundo para comer alguns gomos de laranja e hidratar-me como devia de ser porque estava muito calor, vindo a perder muitos liquidos. Até ao abastecimento seguinte, ao 16km, foram estradões largos a descer e com alguma pedra. A famosa subida em "V" surgiu ao 18km, alguns atletas que vinham atrás de mim começaram a reclamar por a organização colocar uma subida tão íngreme tão perto do final. Não sei se terá sido por não ter olhado para o topo da subida ou já conhecer a subida do ano transacto mas este ano fi-la com mais facilidade. Chegado ao topo soltei um grito de vitória por ter transposto esta "parede". Daí até ao final sabia que era fácil e a descer. 




Fui acelerando até ao final, conseguindo ultrapassar ainda um atleta na última subida. Cheguei à meta com um tempo final de 2h13m27s. A prova estava muito bem marcada, com bombeiros nas zonas perigosas, bom número de abastecimentos e simpatia em todos os elementos da organização da prova. No final ofereceram um almoço seguido da cerimónia de entrega de prémios. 

quinta-feira, 4 de junho de 2015

1º Trail Serpa por Vales e Planicies - 24 de Maio de 2015

Passada mais de uma semana da prova decidi escrever sobre esta prova. Confesso que fiquei com pouca vontade de escrever sobre a mesma. O grande motivo foi a primeira entorse na minha vida desportiva (mais de duas décadas de actividade desportiva). Começando do inicio, esta prova situava-se muito perto da minha cidade e estava muito curioso sobre o percurso da prova. Levantei o dorsal com grande facilidade e voltei para o carro para acabar de equipar-me. Entretanto encontrei o Ricardo do grupo dos Pax Julia Runners. Depois de tirarmos a foto da praxe e desejar boa sorte um ao outro, arrancámos para a prova.



Depois de fazermos 500m em alcatrão passámos para um troço de terra batida com uns bons 200m a subir. Até aos 1.5km foi um percurso com um sobe e desce até que... coloco o pé direito no rego feito pela chuva e torço o pé virando a sola para dentro, ouvindo um estalo na articulação tibio-társica. Pensei logo que a prova acabaria para mim, fiquei uns segundos parado a mexer o pé constatando que tinha algumas dores, comecei a caminhar e por fim a correr lentamente. Fui correndo com algumas dores e gerindo o esforço até ao final. Fiquei triste porque nunca tinha torcido o pé e tinha as espectativas altas para o meu desempenho nesta prova. Até ao 8km o percurso foi sendo acessível com poucas subidas e algumas descidas ligeiras. Ao 8km chegámos ao primeiro abastecimento, situado numa pedreira, havia à disposição bananas, laranjas batatas fritas... e melhor que tudo, esponjas com água para nos refrescar-nos! Tenho que admitir que foi uma excelente ideia, tendo em conta o calor que se fez sentir. Após algumas palavras trocadas com os elementos da organização segui caminho. Durante vários kms segui com os padrinhos da prova o Ico Bossa e a Sónia Tubal. Foram surgindo algumas curtas subidas com um percurso sempre rolante. Por volta do 12km surgiu uma rampa "jeitosa". Até ao 15km fomos "rolando" por um percurso sem grande dificuldade sempre junto de um pequeno riacho. Ao 15km tivemos o segundo abastecimento com tudo o que o anterior tinha em termos de abastecimentos. A prova começou a tornar-se interessante depois deste abastecimento com umas subidas bem acentuadas e com umas descidas ainda mais inclinadas e perigosas devido à muita pedra solta que havia. Aliás, ao longo de toda a prova houve muita pedra solta ou grandes pedras que tivemos de transpor. Ao 18km tivemos um dos momentos altos da prova, a passagem por dentro de água! A Sónia que ia à minha frente ficou com água pela cintura. Após cruzarmos o ponto de água tivemos uma das subidas mais ìngremes de toda a prova. No topo estava um senhor a filmar todas aquelas situações. Ao 20km passámos por dentro de uma aldeia tipicamente alentejana, chamada Santa Iria, com as pessoas todas na rua a incentivarem com palmas ou com algumas frases engraçadas tais como " vá a ver, que os dexou fugi-los!" Inclusivé havia um posto de abastecimento improvisado (penso eu) com uma senhora sentada numa cadeira a dar garrafas de água e ao seu de um balde com as famosas esponjas. Aproveitei mais uma vez para dar um banho, quase literalmente... 




Depois de sair da aldeia comecei a baixar o ritmo porque as dores no tornozelo direito voltaram. Meti uma velocidade confortável para não ter muitas dores. O percurso já custava mais a fazer não só devido ao tornozelo dorido mas também a altimetria estava a aumentar. Surge o terceiro abastecimento por volta do 24.5km onde aproveitei para comer um pouco mais e refrescar-me novamente. Em conversa com uma rapariga da organização percebi que daí adiante seria a parte mais dificil da prova com a altimetria a subir sempre até ao final. Surge então um troço em alcatrão que serviu para quebrar um pouco a monotonia que ia instalando, não via ninguém à frente nem atrás. A prova passou depois para dentro de um olival, com cerca de 1 km de extensão. 





No final do olival tivemos o último abastecimento onde estavam duas raparigas muito simpáticas onde me alertaram que a prova estava quase a acabar mas faltava ainda a subida até à Capelinha. A subida tinha cerca de 1 km chegando ao ponto mais alto de toda a prova. Já no topo tive de saltar uma cerca que por acaso partiu-se no momento em que a transpus. Depois de a saltar olho para o lado esquerdo e vejo um local da cerca aberta com as fitas... LOL! A descida da Capelinha meteu alguns degraus mas foi feita quase toda em estradão de terra batida. Animado por estar a entrar dentro de Serpa foi acelerando o ritmo, ultrapassando alguns atletas da prova mais curta. Terminei a prova com 3h16m19s. Gostei bastante da prova com muitos abastecimentos, a nível da abastecimentos sólidos têm espaço a melhorar podendo colocar mais diversidade tais como tomate com sal, frutos secos... Os abastecimentos liquidos estavam em quantidade mais do que suficiente, tivemos cerca de 5/6 abastecimentos de água, o que revela uma grande preocupação da parte da organização com a a hidratação. As marcações estavam muito boas, apenas colocaria um ponto de controlo na parte de contornar o riacho já que dava para encurtar o percurso. A simpatia de todos os elementos da organização é algo a destacar. No local da chegada existia ainda um abastecimento final onde já estavam presentes os frutos secos.